No dia 25 de novembro de 1981, no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em Bogotá, Colômbia, foi definido o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana.

Exatamente 10 anos depois, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Ativismo em face da Violência contra as Mulheres, começando no dia 25 de novembro e encerrando no dia 10 de dezembro, data de aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948.

Esses 16 dias foram escolhidos para marcar a luta pela erradicação da violência contra as mulheres e garantia dos direitos humanos. Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

Já no dia 8 de março comemora-se o dia Internacional da Mulher, quando também se lembra da luta feminina para acabar com a violência masculina dentre muitas outras desvantagens do sexo frágil.

A data foi criada em homenagem a 129 operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, que fizeram uma grande greve, em 1857. Elas ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, como redução na carga horária de trabalho, salários semelhantes aos dos homens, que recebiam até dois terços a mais que as mulheres, executando o mesmo tipo de trabalho e tratamento digno.

A manifestação das operárias foi reprimida violentamente pelos homens. Elas foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas.

Em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o dia 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Por Raquel de Pinho