22 artesãos capixabas ficam sem receber por produtos vendidos em shopping

Após venda de artesanatos produzidos para loja de um shopping, em Vitória, Espírito Santo, Instituto idealizador do programa tem problemas com baixa quantidade de saída dos produtos e fica devendo 14 mil reais a 22 artesãos.

Em busca de solucionar o problema, a Defensora Pública Geral do Espírito Santo, Sandra Fraga, reuniu-se, nesta segunda-feira (14), com o Subsecretário de Estado do Trabalho, Emprego e Geração de Renda, Ary Barbosa Bastos e a gerente de artesanato capixaba e microcrédito do governo do estado, Fernanda Conde Vescovi.

Segundo a Defensora Geral será proposto um encontro com esses artesãos, ainda na próxima semana, para discutir uma proposta com Núcleo de Solução Extrajudicial de Conflitos e Triagem da Defensoria capixaba (Nuset).

A loja do shopping foi uma parceria com o Instituto Panela de Barro, de forma que pudessem ser vendidas panelas de barro sem nenhum custo administrativo. “O presidente do instituto resolveu também vender artesanato para dar uma incrementada e entrou em contato com a secretaria. Foi feita uma parceria onde o Governo do Estado selecionou o que é artesanato”, explicou Fernanda.

Ela lembra que a loja só poderia vender produtos que fossem considerados artesanatos de acordo com o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), que é um programa federal e possui os critérios exigidos.

“Fizemos a seleção de 120 artesãos, que foram divididos em quatro grupos. O primeiro grupo foi muito bem e no segundo o Instituto percebeu que não estava tendo receita suficiente para bancar os três funcionários que eles contrataram para trabalhar na loja. Foi uma série de prejuízos e resolveram fechar, tendo uma dívida de R$ 14 mil com esse grupo de artesão”, relatou.

Segundo os artesãos os produtos deles foram vendidos, só que esse valor não foi repassado e foi usado para cobrir os custos gerados pela administração. A gerente de artesanato lembrou que o instituto a informou que vai pagar quando puder.

Dos 120 artesãos contemplados com o projeto, 22 estão sem receber por seus produtos vendidos. Os outros dois grupos foram reunidos formando um só e estão sob a administração de outra empresa, tendo de pagar em torno de 30% para ter os produtos vendidos na loja do shopping.

“Como a gente tem uma participação na curadoria do projeto, nos sentimos na obrigação de ajudar a resolver a situação”, declara o subsecretário.

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