Inspeção da Defensoria Pública constata superlotação no Himaba

Instituição recomenda que Sesa apresente plano de ampliação até 18 de abril

A Defensoria Pública do Espírito Santo enviou uma recomendação à Secretaria de Saúde do Estado (SESA) para que, até o próximo dia 18 de abril, seja apresentado um projeto de ampliação de leitos do Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernadino Alves (Himaba), em Vila Velha. A Instituição, por meio do Núcleo da Infância e Juventude, recebeu denúncias da população sobre a superlotação no hospital.

Com isso, os defensores públicos realizaram uma inspeção no final do mês de março, que constatou a superlotação e problemas de infraestrutura. Segundo o documento, enviado à Secretaria de Estado de Saúde no último dia 4, apesar dos esforços da equipe do Himaba para criar novos leitos no espaço do Pronto Socorro, o local não tem estrutura adequada e não atende às demandas da população infanto-juvenil do hospital

Segundo os defensores públicos, é visível a sobrecarga de atendimento no pronto-socorro, tanto que, no momento da inspeção, haviam 27 crianças acima do número de leitos disponíveis. Outro agravante é que espaço para atendimento e espera são muito pequenos e não há cadeiras suficientes para as crianças e seus acompanhantes.

“Observamos que muitas mães aguardavam o atendimento em cadeiras de plásticos, com os filhos no colo, sem uma estrutura adequada. Além disso, o Hospital não conta com equipamento de tomografia, o que dificulta os atendimentos. Devido à ausência do aparelho, crianças e adolescentes precisam ser direcionados à outras unidades de saúde para a realização do exame”, conta o coordenador de Direitos Humanos, Infância e Juventude, Hugo Matias Fernandes.

A equipe técnica do Himaba informou que, diante do fechamento de leitos hospitalares da Grande Vitória voltados à crianças e adolescentes, a instituição vem enfrentando problemas de superlotação e sobrecarrega. A equipe destacou serem necessários investimentos na infraestrutura do hospital, especialmente, na ampliação do número de leitos.

Matias explica que, caso a Secretaria de Saúde não apresente o plano de ampliação no prazo recomendado pela a Defensoria Pública, serão tomadas as medidas judiciais cabíveis. “É latente a ampliação do número de leitos no Himaba e o Estado precisa garantir essa ampliação para atender adequadamente as demandas da população, evitando a exposição das crianças, adolescentes e seus responsáveis a situação indigna e com prejuízo ao direito constitucional a saúde”.