Defensora Pública fala sobre saúde mental e cidadania e sobre a Luta Antimanicomial em palestra na UVV

A Defensora Pública Geana Cruz de Assis e Silva participou do Dia de Luta Antimanicomial e de Prevenção e Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes, na Universidade de Vila Velha, na última quinta-feira (17).

O seminário é uma realização dos cursos de Psicologia e Mestrado em Segurança Pública, em parceria com Fórum Municipal de Saúde Mental Infanto-Juvenil de Vila Velha.

dsc_1021O evento é uma homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrados anualmente em 18 de maio.

A iniciativa da Universidade em promover o evento ocorreu diante dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes e a violência praticada em instituições manicomiais contra as pessoas que apresentam transtornos mentais, assim como da necessidade dessas práticas serem discutidas para a garantia de direitos. O movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental e defende a manutenção do direito fundamental à liberdade, o direito de viver em sociedade e de ser cuidado em liberdade.

A Defensoria Pública é um instrumento de garantias desses direitos e para viabilizar a garantia desses direitos, a Defensora Pública Geana Cruz sugere que sejam introduzidos conceitos de direitos humanos em todas as ações desenvolvidas.

dsc_1016“Sejam eles: aumentar a qualidade dos serviços de saúde mental, atenção humanizada centrada nas necessidades das pessoas; capacitar usuários, familiares e profissionais de saúde para entender e promover os direitos humanos neste segmento; desenvolver movimentos da sociedade civil e dos usuários para prestarem apoio mútuo e realizar as decisões políticas em sintonia com as diretrizes internacionais para o tema; contribuir e difundir práticas de direitos humanos”, completa.

A DPES vem buscando meios de se adequar ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, propondo uma capacitação cidadã em direitos humanos aos profissionais internos, além de informar os assistidos como agir para obter a curatela nos casos necessários. “É evidente que obteremos melhores resultados considerando o indivíduo como um todo, em vez de cuidarmos apenas de partes desse todo. Daí a importância de conhecer e entender a rede de atendimento às pessoas com transtorno mental, doença mental e deficiência intelectual”, completa Geana.

Por Raquel de Pinho