Defensoria apura impactos da atividade portuária nas comunidades de Vila Velha

Após receber informações de que algumas comunidades estariam tendo dificuldade para dialogar com os setores do Porto de Vila Velha e enfrentando problemas urbanos em decorrência das instalações portuárias, a Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo, por meio do Núcleo de Atuação em Desastres e Grandes Empreendimentos (Nudege), iniciou uma apuração dos fatos.

Para a Instituição, o município enfrenta impactos específicos derivados da execução de inúmeras atividades econômicas, bem como em relação ao escoamento de produtos e geração de empregos. “A relação cidade e porto precisa estar integrada com as políticas públicas para o desenvolvimento econômico e cultural das comunidades que convivem com as dinâmicas portuárias”, afirma a defensora pública Mariana Sobral

A defensora acrescenta que é preciso haver um o fortalecimento da rede que atua com a elaboração de medidas de prevenção de riscos. Essas questões foram tema de uma reunião realizada pela Defensoria Pública com participação da vereadora Patrícia Crizanto, que já presidiu a Comissão de Estudos e Levantamentos de Áreas de Risco e Vulnerabilidade Ambiental da Câmara de Vereadores de Vila Velha, da professora Teresa da Silva Rosa da Universidade Federal de Vila Velha e da professora Flavia Nico Vasconcelos, da Universidade Federal do Maranhão.

A Defensoria Pública fará reuniões quinzenais para discutir ações estruturantes e a possibilidade de construção de um projeto que englobe também atividades de educação em direitos nas comunidades, com enfoque na prevenção de riscos e desastres relacionados ao porto e toda a sua estrutura.