Defensoria Pública do Espírito Santo participa de seminário sobre violência de gênero

Durante a campanha de 21 dias de Ativismo pelos Direitos Humanos, foi realizado o seminário “Respeita as Mina!”, que ocorreu na UFES na última quinta-feira (22). O seminário teve como objetivo a promoção do diálogo sobre a violência de gênero contra mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais e contou com a presença da Defensora Pública Gabriela Larrosa.

A ONU convoca desde 1991 o mundo inteiro para debater questões relacionadas à violência contra as mulheres. A campanha é realizada todos os anos e se inicia no dia 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher com término no dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos e dura 16 dias. Porém no Brasil a campanha dura 21 dias com o intuito de destacar a discriminação vivida pelas mulheres negras, dando início no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra com término no dia 10 de dezembro.

Em seu discurso a Defensora Pública Gabriela Larrosa falou sobre os aspectos jurídicos da aplicação da Lei Maria da Penha às mulheres transexuais e lésbicas, abordando as experiências da aplicação da lei ao público LBT no Estado do Espírito Santo e ressaltou também alguns posicionamentos jurisprudenciais dos Tribunais Superiores.

“Juntamente com as mulheres negras, as mulheres lésbicas, transexuais e bissexuais encontram-se em círculos concêntricos de vulnerabilidade, fazendo com que elas sofrem mais violências e encontrem mais dificuldades em acessar os serviços de proteção e enfrentamento à violência contra a mulher. Neste último aspecto reside a especial importância em realizar eventos voltados às mulheres LBT´s durante a campanha dos 21 dias de ativismo”, ressaltou Gabriela.

O seminário “Respeita as Mina!” foi realizado pela Associação GOLD em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Fórum De Mulheres ES, Centro Acadêmico Livre de Serviço Social, Centro Acadêmico de Direito UFES, do Conselho Regional de Serviço Social e de instituições privadas.

Por Juliane Mariani