Estudantes de psicologia vão auxiliar no atendimento aos assistidos da Defensoria Pública

Em roda de conversa aprenderam sobre execução penal, família e infância e juventude

 

Os alunos do curso de psicologia da Faesa Centro Universitário reuniram-se com as Defensoras Públicas Roberta Ferraz, Monia Barbosa Ribeiro e Samantha Pires Coelho, para o início de um projeto que visa o atendimento psicossocial dos assistidos da DPES, que acontecerá todas as quartas-feiras, a partir de setembro, de 8h às 11h.

Os estudantes participaram de uma roda de conversa sobre execução penal, família e infância e juventude, na Defensoria Pública do Espírito Santo (DPES), no núcleo de Vila Velha, na última quarta-feira (23).

De acordo com Samantha Pires, os alunos farão um intercâmbio na parte de relacionamentos e de como tratar os assistidos, o que proporcionará um trabalho mais completo, aliando processo e atendimento social.

“Inicialmente eles farão um trabalho de campo para conhecer as nossas demandas para posteriormente fazerem o trabalho com o assistido, verificando a necessidade de o hipossuficiente retornar e ser atendido por eles, satisfazendo além de uma assistência jurídica, a afetiva”, explica Dr. Samantha.

O projeto é uma iniciativa da coordenação de execução penal, juntamente com o curso de psicologia da Faesa e consistirá em um estágio supervisionado da instituição de ensino, com a participação da professora e psicóloga Monica Trindade Pereira Santana.

Segundo a professora “os alunos de estágio supervisionado básico fazem atendimento em práticas psicossociais que é um estágio que tem uma vertente comunitária, de ir pra contextos comunitários e realizar intervenções. Esse estágio tem uma relação com as questões jurídicas, mas fala de contextos de extrema exclusão, violência, que têm uma relação direta com as questões comunitárias”.

Para ela isso vai ser fundamental para que esses alunos estejam capacitados para trabalhar com este tipo de realidade e, além disso, ter um compromisso social, que é muito importante para a formação do psicólogo, de transformar a realidade social. “Vai ser de extrema importância tanto o aprendizado quanto cumprir esse compromisso que temos de fazer alguma coisa em relação à realidade social”, afirma.

A coordenadora de execução penal, Roberta Ferraz, considera que o projeto será um ganho de corpo técnico para a instituição. “Desde que começamos a realizar atendimentos aos familiares das pessoas presas, notamos a necessidade de atendimento específico na área da psicologia para os nossos assistidos, pois ter um familiar preso acarreta em diversas questões psicossociais, muito além do universo jurídico”, relata.

Roberta ressalta que por essas razões “o estágio e os atendimentos de psicologia serão um ganho imensurável para a defensoria”.

Para a aluna do curso de psicologia Caroline Raymundo, a iniciativa trará benefícios tanto para os alunos, quanto para a Defensoria e, consequentemente, apara os assistidos. “Como somos o primeiro grupo a ser capacitado, abre um leque de oportunidades, facilitando a conciliação da atuação da Defensoria em suas diferentes áreas”, ressalta.

O projeto trará uma troca de conhecimento tanto para os estudantes como para a Defensoria Pública. “Eu também quero ter um pouco dessa experiência para poder saber como lidar com meus assistidos de uma forma mais adequada”, lembra Dra. Samantha.

 Por Raquel de Pinho