Terceira edição do Projeto Inclusão Social é concluída e qualifica internos em mais um curso de informática

A Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo (DPES) concluiu na última terça-feira, dia 13, a terceira edição do projeto “Inclusão Social”, na Penitenciária de Segurança Média II (PSME II), no Complexo Prisional de Viana. Os detentos, que já tinham finalizado o curso de informática básica dentro do projeto, agora puderam se aperfeiçoar nas aulas de Programação Scratch, uma das linguagens de programação mais usadas no mundo.

A iniciativa foi idealizada pela coordenadora do Núcleo de Execução Penal da DPES, Roberta Ferraz e surgiu entre junho de 2017 e julho de 2017, com a ideia de reutilizar notebooks obsoletos que estavam na instituição. Para a Defensora, o “Inclusão Social” é de extrema importância não apenas para os internos, mas também para toda a equipe que está envolvida em todo o aprendizado.

“O projeto dá significado tanto a vida dos internos quanto a de todos os participantes, monitores e professores. Para os alunos o programa serve como mecanismo de inclusão no mercado de trabalho, visto que as ferramentas de informática têm sido cada vez mais aplicadas, não só no Brasil, como no mundo”, afirma Roberta Ferraz

As aulas acontecem em parceria com a Unidade de Engenharia e Computação da Faesa, que utilizam os notebooks da Defensoria Pública para ensinar os internos participantes da iniciativa. O curso é voltado para a população GBTT, que é acolhida pela Defensoria devido ao forte isolamento e preconceito que sofrem dentro das unidades prisionais no Espírito Santo.

A terceira edição do projeto “Inclusão Social” contou com a participação de dez detentos e teve a duração de 36 horas. A certificação no curso permite a qualificação dos custodiados para o mercado de trabalho quando estiverem em liberdade no futuro e também a remição da pena de um dia a cada 12 horas de estudo. Ao final do programa os alunos tiveram a redução de três dias de reclusão.

“Trabalhamos com um universo de pessoas que estão custodiadas e que quando puderem sair do presídio têm que lidar com o estigma de serem egressos do sistema. Ter noções de informática e saber desenvolver determinados programas abre um leque de oportunidades sem precedentes. É de uma potencialidade tão grande que nem conseguimos medir dentro do projeto”, assegura a Defensora

Por Stael Nunes